Dados preliminares do desmatamento na Amazônia nos meses de junho e julho já permitem ao governo apostar em um novo recorde em redução do abate da floresta neste ano. “Este ano vai ser o menor do menor”, disse hoje a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O anúncio da nova taxa está previsto para setembro e ela deverá antecipar a meta do Plano Nacional de Mudanças Climáticas para 2017, de reduzir o desmatamento na Amazônia a 5 mil quilômetros quadrados, prevê a ministra. Isso equivale a pouco mais de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
No ano passado, o País registrou a menor taxa de desmatamento da Amazônia desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1988. Os satélites mediram o abate de 7.464 quilômetros quadrados de floresta agosto de 2008 e julho de 2009.
Luciano Evaristo, diretor de proteção ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), insistiu em que a fiscalização não relaxou em ano eleitoral. Desde agosto de 2009, o Ibama já embargou para a produção 139,6 mil hectares desmatados ilegalmente.
No período de apuração da nova taxa de desmatamento, 59 tratores e 195 caminhões foram apreendidos, e foram aplicadas multas no valor de R$ 859 milhões. Em dez meses, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) captou queda de 47% do desmatamento, conforme adiantou o Estado anteontem.