Brasília – O chefe da Casa Civil, José Dirceu, teria oferecido ao PMDB dois ministérios fortes: o da Previdência e o das Comunicações. Enquanto o da Ciência e Tecnologia já está definido para Eduardo Campos. Estes são os principais pontos da primeira reforma ministerial do governo Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, agora falta a resposta do PMDB para o assunto ficar definido.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), reconheceu que o partido poderá aceitar a indicação para o Ministério da Previdência. “Nós preferíamos outro ministério. O PMDB é um partido complexo, grande, e de dificílima administração, e preferiria um ministério político. Não sendo possível, paciência. Não vamos recusar ministério nenhum”, disse ele.
Quanto ao ministro das Comunicações, Miro Teixeira, ele deixou caminho livre para o presidente Lula fazer o que quiser. Miro destacou que ainda não está pensando sobre seu destino partidário a partir do seu desligamento do PDT. Ele disse que adotou a decisão de não tocar novos projetos. “E aguardar serenamente o meu momento de retornar ao meu mandato”, afirmou. O seu ministério é o segundo a ser concedido ao PMDB.
No entanto, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse que as negociações em relação à reforma ministerial ainda não estão encerradas. Segundo Dirceu, “a decisão está nas mãos do presidente. Já transmitimos a ele o ponto de vista dos partidos e o presidente tem todas as condições para tomar uma decisão ou fazer contra-proposta”, disse Dirceu.
“A reforma será feita em uma etapa só. Não há nenhum ministro candidato a prefeito em 2004”, disse, negando a informação de que o ministro do Transportes, Anderson Adauto (PL), vá sair do governo em abril para ser candidato à prefeitura de Uberaba (MG). Dirceu disse ainda que a indefinição em relação à reforma ministerial não está paralisando o país. “O país está andando. Não há nenhuma questão que possa paralisar o país”, disse.
O ministro reiterou que as negociações ainda não terminaram porque Lula poderá fazer uma nova contra-proposta aos partidos. Desde o início da semana, Dirceu vem se reunindo com os partidos que apoiaram o governo na aprovação das reformas.
