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Foto: Chuniti Kawamura/O Estado
Em greve de fome, desde domingo Garotinho só bebe água.

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PMDB) enviou ontem uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) na qual diz sofrer perseguição política e pede supervisão internacional nas eleições. O pré-candidato à Presidência está em greve de fome desde 14h deste domingo. Garotinho bebe apenas água, mas passa bem. Ele tem acompanhamento do médico Abdo Neme durante 24 horas.

Garotinho acordou ontem por volta das 7 horas e recebeu a visita de correligionários como o ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa, organizador do programa de governo do partido. De acordo com a assessoria do PMDB, Garotinho recebeu muitos telefonemas de solidariedade de prefeitos e amigos.

Lessa contou que Garotinho ainda não sente os efeitos do jejum prolongado e demonstra convicção para levar o propósito adiante. O ex-governador permanece numa sala por trás de uma porta de vidro, onde ele pode ser fotografado, mas não conversa com os jornalistas, apesar de alegar como reivindicação espaço para defender-se das denúncias que envolvem a doação de recursos para sua pré-campanha. Lessa disse que jamais faria uma greve de fome, mas compartilha das queixas do ex-governador em relação à imprensa.

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Garotinho anunciou anteontem, em pronunciamento dramático, uma greve de fome por tempo indeterminado. Acompanhado da mulher, que estava bastante abatida, ele convocou entrevista para anunciar a greve como ?último recurso em defesa da verdade?.

O ex-governador disse que o ?sacrifício? só vai terminar quando for ?instituída uma supervisão internacional no processo político eleitoral brasileiro, assegurando a igualdade de tratamento a todos os candidatos; com acompanhamento de instituições nacionais que tradicionalmente defendem a democracia?.

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Outra condição imposta para o fim da greve é ?que os veículos de comunicação que nos caluniam cedam o mesmo espaço para que a população possa conhecer a verdade dos fatos?.