Rio de Janeiro – Foram identificadas as duas mulheres que morreram no desabamento de um prédio de três andares, na noite de quarta-feira, na favela do Jacarezinho. São elas Mônica dos Santos, de 24 anos, e Ana Sofia Silva, de 27. Os bombeiros procuravam no final da tarde de ontem ainda por outras duas pessoas nos escombros. A construção desabou após a explosão de um botijão de gás.
Mônica dos Santos tem três filhos, todos atingidos gravemente pela tragédia: Leonan de Oliveira dos Santos, de 4 anos, Laura de Oliveira dos Santos, de 5, e Larissa de Medeiros dos Santos, de 7 anos. Laura está em estado gravíssimo no CTI do Hospital do Andaraí, com 93% do corpo queimado. Leonan está no mesmo hospital, com 63% do corpo queimado. Larissa ainda está desaparecida.
Já a filha de Ana Sofia, Natália Santana Lopes, de 8 anos, foi resgatada dos escombros ainda na noite de quarta-feira e encaminhada ao Hospital Salgado Filho, de onde recebeu alta.
Há ainda três outros feridos: Paulo Oliveira da Conceição, de 26 anos, teve queimaduras em 60% do corpo e também está no Hospital do Andaraí. Renato César dos Santos, de 14 anos, com 21% do corpo queimado, e Viviane dos Santos, de 17, com 82% do corpo com queimaduras, estão internados no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Souza Aguiar, no Centro. O estado de saúde deles é estável.
Bombeiros de 10 quartéis estão trabalhando na favela do Jacarezinho em busca de uma criança e de um senhor de 50 anos que ainda podem estar sob os escombros do prédio.
?Tivemos informações de que essa criança e esse senhor poderiam estar no local na hora do desabamento, por isso os bombeiros continuam trabalhando com cuidado, até que possamos confirmar essa informação?, afirmou o coronel João Carlos, da Defesa Civil Municipal.
Um rapaz que estava soterrado sob os escombros foi resgatado com vida na manhã de ontem. Duas famílias moravam no imóvel que desabou.
Um mutirão de 80 homens do Corpo de Bombeiros, voluntários e integrantes da associação de moradores trabalha para a retirada de entulhos e a limpeza do local, mas o tempo chuvoso dificulta as ações.
A Defesa Civil vai vistoriar o local para verificar a estrutura dos prédios vizinhos ao que desabou. Seis construções ao redor foram interditadas e duas delas já receberam escoras. Sete famílias tiveram de deixar suas casas provisoriamente.