Depois da tentativa frustrada na noite de ontem de votar o chamado voto em lista fechada, os deputados iniciaram uma frente de negociação para tentar flexibilizar o sistema, ponto principal da reforma política. Na quarta, um grupo de parlamentares dos diferentes partidos se reuniu com o relator do projeto, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), no gabinete da liderança do DEM na Câmara para propor uma forma que mantenha o voto em lista elaborada pelo partido, mas permitindo que o eleitor possa indicar a preferência do integrante da lista no momento de votar, alternando a ordem pré-estabelecida pelo partido.
O voto em lista fechada é o sistema em que o eleitor vota no partido, que elabora uma lista com seus nomes, substituindo o voto direto do eleitor no candidato. No sistema fechado, os primeiros da lista serão os eleitos.
Caiado vai se reunir daqui a pouco novamente com deputados de diferentes partidos que estão propondo uma negociação para um sistema de lista flexível. "É o movimento ‘totalflex’", classificou Fontana.
"Pode ser a gasolina, etanol, querosene ou qualquer combustível para se chegar ao financiamento público de campanha", continuou Fontana, comparando o movimento aos veículos bicombustíveis. Caiado resiste a dar caráter flexível à lista. Até agora foram apresentadas seis emendas que flexibiliza o voto em lista. A bancada do PT está reunida também para discutir as propostas que modificam o voto em lista. Três deputados do partido apresentaram propostas.
