O deputado federal Carlos Willian (PTC-MG) afirmou nesta segunda-feira (25) estar "perplexo" com a informação de que havia um plano supostamente arquitetado pelo parlamentar Mário de Oliveira (PSC-MG) para assassiná-lo. "Uma atrocidade deste tamanho não poderia partir de um colega deputado federal nem tampouco de um pastor", disse Willian, que se emocionou ao relatar as investigações da polícia.

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Willian afirmou que foi informado do plano para assassiná-lo na última sexta-feira pela Polícia Civil de São Paulo. Ele chegou a dizer que foi salvo da morte na última quinta-feira por ter viajado para Belo Horizonte na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não em um vôo comercial. E assegurou que não vê motivos para a suposta tentativa de assassinato. "O que ocorre é um ato isolado de uma pessoa doentia, que desceu até os porões da bandidagem para contratar um pistoleiro para tirar minha vida", desabafou, salientando que nos últimos dias passou a viver "um pesadelo que não consegue passar".

Aliado político

Ele confirmou que era aliado de Oliveira e membro da Igreja do Evangelho Quadrangular. As desavenças entre os dois, porém, começaram em 2002, quando Willian foi eleito deputado pela primeira vez em 2002 e o presidente da Quadrangular não conseguiu se eleger senador. Conforme o deputado do PTC, os problemas entre os dois se arrastaram até 2005, quando rompeu e mudou-se para outra igreja evangélica.

Com o argumento de que estava sendo caluniado pelos antigos companheiros, Willian disse que entrou com uma ação inibitória contra o deputado e pastores, para que eles fossem impedidos de pronunciar seu nome nos cultos. Mais recentemente, o deputado do PTC entrou com uma representação na Corregedoria da Câmara contra Oliveira. Segundo ele, em fevereiro deste ano, na solenidade de posse – quando assumia o segundo mandato – foi agredido, ao lado de familiares, com palavras de baixo calão pelo desafeto.

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Willian negou que tenha uma dívida de R$ 800 mil com Oliveira. O deputado federal Mário de Oliveira (PSC-MG) não foi localizado. Ninguém atendeu ao telefone de seu gabinete, em Brasília. Na sede da Igreja Quadrangular, na capital mineira, a informação era que ele não estava e não podia ser contatado. O deputado, de 61 anos, exerce seu 5º mandato na Câmara. No site da Casa, ele define sua profissão como "ministro evangélico".