Brasília – Diante da forte reação ao aumento da verba de gabinete dos deputados, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, disse ontem, por meio de sua assessoria, que os deputados têm pressionado para igualar a verba de gabinete à dos senadores, atualmente em cerca de R$ 66 mil. A assessoria de Severino lembra que esse valor é bem acima dos R$ 44.187 aprovados anteontem para os deputados e que não há motivo para o tratamento desigual.
Segundo a assessoria de Severino, os senadores têm direito a contratar seis funcionários com salários em torno de R$ 7.800 cada um e mais dois servidores com salários de quase R$ 9 mil, somando cerca de R$ 66 mil. Além disso, os senadores podem requisitar outros funcionários do quadro do Senado para trabalhar em seus gabinetes, têm direito a carro com gasolina e as despesas com telefone e correio são ilimitadas, o que não ocorre na Câmara.
?A pressão dos deputados é muito grande para que a verba de gabinete seja equivalente à dos senadores, que é de 66 mil. Com esse aumento de ontem, chegamos a 70% dessa verba?, disse Severino, por meio de sua assessoria.
Ao noticiar o aumento da verba de gabinete dos deputados, a edição de ontem do Jornal da Câmara faz questão de lembrar que o reajuste tenta aproximar o valor ao dos senadores, que é bem superior. No entanto, o aumento acabou provocando críticas, principalmente da forma como foi decidido, sem ouvir o plenário e contrariando a opinião pública.
