Liga da Justiça

Deputado Natalino Guimarães está preso na Polinter do Rio

O deputado estadual Natalino José Guimarães, do DEM, foi preso em flagrante, na noite desta segunda feira (21), em sua casa, em Campo Grande, na zona oeste do Rio, numa operação que uniu as polícias civil e militar do estado. A polícia apreendeu armas e carros importados. Ele foi encaminhado à 35ª Delegacia de Polícia (DP) de Campo Grande, onde prestou depoimento e negou ter cometido os crimes de porte ilegal de armas, formação de quadrilha, favorecimento pessoal e tentativa de homicídio.

O parlamentar também é acusado de comandar um grupo de milicianos, conhecido como Liga da Justiça, que age em Campo Grande e é mantido por atividades ilegais como gato net (ligações clandestinas de tv a cabo), transporte alternativo e venda superfaturada de gás de cozinha, que são realizadas em comunidades da região, gerando R$ 2 milhões por mês ao grupo. O deputado foi encaminhado à Polinter, no início da tarde desta terça-feira (22).

Moradores de diversas comunidades da região, entre elas Carobinha, Barbante e Manguariba, fizeram manifestação a favor do deputado em frente à delegacia de Campo Grande. Policiais jogaram gás de pimenta para dispersar o grupo.

Segundo o delegado da 35ª DP, Marcus Neves, o envolvimento do deputado Natalino e do vereador Jerônimo Guimarães Filho, irmão do deputado, preso desde dezembro do ano passado, foi descoberto após o inicio das investigações comandadas pelo chefe de polícia Gilberto Ribeiro.

O delegado Marcus Neves ressaltou a participação de policias e civis em grupos milicianos da região. “Nós temos pela menos trinta pessoas, policias e não policiais, que já foram presas em flagrante ou a partir de mandado de prisão, expedidos pelo Judiciário. Nós temos um inquérito policial instaurado, com uma relação de 42 nomes que figuram como os principais membros desse grupo”, disse o delegado.

Marcus Neves disse ainda que, após o procedimento legal feito na delegacia em Campo Grande, uma cópia do documento será encaminhada ao procurador-geral de Justiça e outra ao presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para que os deputados decidam pela permanência ou não do deputado no cárcere. O deputado foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro por formação de quadrilha, mas, beneficiado pela imunidade parlamentar, respondia ao processo em liberdade.

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