Deputado da CPI diz que pane foi do avião, não do piloto

O deputado Miguel Martino (PHS-MG), integrante da CPI do Apagão Aéreo, que foi controlador de vôo, afirmou, com base nos dados das caixas-pretas do Airbus A320 da TAM, que a pane que causou o acidente no Aeroporto de Congonhas no dia 17 de junho "foi do avião, e não um erro dos pilotos, porque o comandante pediu "spiller" (freio) ao co-piloto, e o avião estava sem freio, de acordo com a resposta do co-piloto: "Nada, nada".

Segundo Martino, o piloto "fez tudo certo", mas a aeronave "já estava com pane", como demonstra a transcrição de outro diálogo, em que um dos pilotos diz "desacelera", e o outro responde "não consigo".

O relator da CPI da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RJ), também fez declarações relacionadas à possibilidade de falhas mecânicas terem contribuído fortemente para a explosão do Airbus da TAM. Maia está de posse das fichas de controle de entrada e saída dos aviões da TAM em oficina para serem submetidos a manutenção.

As fichas informam, segundo Maia, que no dia 17 de julho passado – dia do acidente em Congonhas – o Airbus A320 estava em Campo Grande (MS), e das fichas de manutenção constava a observação de "falhas no freio, no trem-de-pouso e no reverso" – e, mesmo assim, o avião decolou para Brasília (DF), depois fez escala em Congonhas, de onde seguiu para Porto Alegre (RS).

No início da noite de 17 de julho, ao chegar de novo a Congonhas procedente da capital gaúcha, o Airbus não conseguiu pousar e explodiu contra um prédio da própria TAM situado ao lado da pista do aeroporto.

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