Depois da Amazônia, País terá fundo para Cerrado

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou ontem que criará o Fundo Cerrado, semelhante ao que já existe para a Amazônia. O objetivo é conseguir doações de outros países para promover a conservação de florestas e reduzir o desmatamento. O Fundo Amazônia tem em caixa US$ 110 milhões vindos da Noruega – valor que pode alcançar US$ 1 bilhão em sete anos – e deve ganhar 18 milhões de euros (o equivalente a R$ 46,5 milhões) da Alemanha no ano que vem.

Segundo o ministro, o Cerrado também será importante para o País atingir a meta voluntária de reduzir entre 36% e 39% as emissões de gases de efeito estufa em 2020, em relação ao projetado se nada fosse feito. A meta, que será apresentada na próxima semana na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) de Copenhague, prevê cortar em 80% o desmatamento da Amazônia e em 40% o do Cerrado. “Precisaremos de mais recursos e muita tecnologia para diminuir o desmate no Cerrado. Enquanto na Amazônia a reserva legal é de 80%, no Cerrado, em geral, é de 20%, então o cara pode legalmente colocar abaixo o restante.”

O Fundo Amazônia deu um salto importante ontem: seu comitê orientador aprovou os três primeiros projetos que receberão recursos. Na próxima semana, diz Minc, outros três serão aprovados. “O momento é propício. Vamos chegar a Copenhague com seis projetos debaixo do braço e haverá um estande do Fundo Amazônia lá”, disse Minc. A intenção, claro, é conseguir doações.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo