Brasília (AE) – Terminou no início da madrugada de ontem o depoimento do empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, na CPI dos Bingos. Depois de tentar, sem sucesso, um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) que o livrasse de comparecer na CPI, Sombra prestou um depoimento cheio de imprecisões e contradições e não conseguiu se defender das duas acusações que pesam sobre ele: de ser o mandante do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel e de participar de um esquema de cobrança de propina de empresas de transportes na cidade.
Sombra foi acusado pela família Gabrilli, proprietária da empresa de transporte Expresso Guarará, de participar do esquema de extorsão em troca da garantia das concessões de linhas de ônibus. Uma das provas apresentadas pela família foram quatro depósitos de Luiz Alberto Gabrilli na conta de Sombra do Banespa, entre setembro e outubro de 1997, somando pouco mais de R$ 40 mil. Os recibos foram mostrados ao empresário durante o depoimento.
Também no caso do seqüestro e assassinato de Celso Daniel o empresário foi contraditório e impreciso. Um dos pontos que intrigam é o fato de apenas Celso Daniel ter sido levado. Isso reforça a tese dos irmãos do ex-prefeito, de que ele teria sido assassinado por encomenda.
