Os quatro taxistas acusados de espancar um colega no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no centro do Rio de Janeiro, foram denunciados ontem pelo Ministério Público do Estado. Eles são acusados de tentar matar, com dolo eventual – quando não há intenção – Kleber Luiz Oliveira da Rosa, também taxista, após uma discussão.

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A causa do desentendimento estaria no fato de Kléber Rosa, que não pertence à cooperativa dos acusados, pegar um passageiro no aeroporto. Para eles, a cooperativa à qual pertencem teria direito exclusivo sobre “o ponto”, o que carece de amparo legal, já que a autorização da prefeitura permite o uso do espaço público pela cooperativa apenas como base de apoio, e não para fins de monopólio.

José Cosmo de Neres de Freitas, Edson Neres de Freitas, Wagner de Oliveira Manoel e Vinicius Araújo, que fazem ponto no Galeão, devem responder pelos crimes de tentativa de homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. No caso de José Cosmo, o Ministério Público pediu ainda a prisão preventiva dele, que já havia se envolvido em outras brigas pelo mesmo motivo.

Segundo testemunhas e imagens do sistema de câmeras da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os quatro perseguiram Kleber Rosa, que foi derrubado ao chão e o atingiram com socos e pontapés. A vítima, mesmo depois de desmaiada, continuou a ser agredida. O taxista ficou seis dias internado no serviço de neurocirurgia do Hospital Miguel Couto, sofreu múltiplas fraturas, apresentou debilidade da função mastigatória, teve amnésia e perdeu um dente.

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