Rio (AE) – O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, determinou ontem uma análise para confirmar se as três mortes atribuídas à dengue no Rio são do tipo mais severo, que provoca hemorragias, e anunciou que vai retomar, no Estado, a campanha contra o mosquito. Um caso já foi confirmado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outros dois estão em análise. Os registros de óbitos, após quase três anos de trégua, acenderam um sinal de alerta entre as autoridades do governo federal e do município, que consideram a situação "preocupante".

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A morte por dengue, já confirmada, ocorreu em 23 de dezembro. O aposentado Antônio Jesus de Assis, de 52 anos, trabalhava em um loteamento, no Recreio dos Bandeirantes, e morava em Vargem Pequena, ambos na zona oeste. Os dois casos ocorreram em São Gonçalo, a 25 km do Rio, e em Jacarepaguá, na zona oeste. "Eu já vinha alertando para a existência de bolsões com infestação de mosquitos no Rio, com taxas acima de 9%, quando o aceitável é 1%. Em janeiro do ano passado, foram registrados 58 acasos. Este mês, já são 50 casos", observou o ministro.

Além de ressaltar a importância de um trabalho conjunto entre as três esferas de governo, avaliou ser necessário uma organização do trabalho dos 15 mil agentes sanitários que atuam no controle do Aedes aegypti no Estado. "A gente precisa que esse trabalho seja organizado, intensificado", disse. Na opinião do secretário municipal de Saúde, Ronaldo Cezar Coelho, porém, a atuação dos guardas de endemias é adequada. Segundo ele, o que falta é maior vigilância da população.

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