A dengue matou 137 pessoas no Estado do Rio neste ano, segundo balanço atualizado até 10 de dezembro e divulgado hoje pelo governo. A cidade com maior número de casos é o Rio (51 mortes), seguido por São Gonçalo (16), na Região Metropolitana, Duque de Caxias (9) e Nova Iguaçu (8), na Baixada Fluminense.
Na capital já foram registrados 74.232 casos da doença, a maioria deles na região de Campo Grande (zona oeste), onde ocorreram cerca de 14 mil casos.
Em todo o Estado houve 165.794 registros de dengue em 2012. O número mensal de casos cresceu de janeiro a abril, caiu de maio a setembro e voltou a crescer a partir de outubro. O recorde foi registrado em abril (52.929).
Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), a situação da cidade é mais grave do que a anunciada pelo Ministério da Saúde na semana passada. Segundo o governo federal, o Rio está em alerta de epidemia. “Acho que o Rio deve ser classificado como cidade de alto risco de epidemia, e a população deve estar informada sobre isso”, disse hoje o prefeito.
Na primeira semana de dezembro foram notificados 173 casos de dengue no município. “Os números de dezembro estão baixos em comparação com a média anual, mas é o esperado para essa época do ano. Os meses de pico são março, abril e maio. Se cuidarmos agora, não haverá epidemia”, afirmou Paes.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, o Ministério da Saúde classifica os municípios com base no Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti. Cidades em situação de risco têm mais de 3,9% dos domicílios infestados; quando entre 1% e 3,9% das casas estão infestadas, a situação é de alerta. O Rio tem 2%. “É um índice importante, mas não é o único. Quando somamos todas as informações coletadas na cidade, mantemos um alto risco para o Rio”, alertou Dohmann.
Segundo o secretário, a partir do dia 20 carros com fumacê (inseticida) vão circular pelas áreas mais críticas. “Esses fumacês só matam o mosquito. A solução é combater a larva do mosquito”, afirmou.