A demolição da sede internacional da Igreja Renascer, atingida por um desabamento que deixou nove mortos e 106 feridos no domingo, deverá começar nesta sexta-feira (23). A data foi acertada ontem durante audiência entre a Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual (MPE) e representantes da Igreja e da Subprefeitura da Sé. Como há risco de as paredes desabarem sobre casas vizinhas, será preciso fazer uma demolição manual.

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A previsão inicial era que os trabalhos começassem nesta quinta, mas os planos foram alterados após avaliação de técnicos da empresa Diez Demolidora, contratada pela Renascer. A ideia é usar um guindaste para içar um operário até o topo da parede e derrubá-la “tijolo por tijolo”. Por exigência da promotora Mabel Tucunduva, a demolição deve ser acompanhada por um engenheiro.

Há ainda alguns entraves. O guindaste, por exemplo, está em Mauá, na Grande São Paulo, e é preciso uma autorização da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para que ele seja trazido. Além disso, a entrada dos operários deve ser liberada pela Polícia Civil, uma vez que os peritos do Instituto de Criminalística (IC) ainda não conseguiram recolher provas, como fragmentos da estrutura de sustentação de telhado do templo. Outra preocupação do é com a poeira das telhas de amianto. Embora proibido, o material tóxico foi utilizado na última reforma do telhado, no ano passado.

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