Democratas e tucanos não conseguem acordo

AE – Brasília – A CPI do Apagão Aéreo na Câmara só deverá ser instalada na quinta-feira, mas os líderes do PSDB e do Democratas (ex-PFL), que não se entendem desde o início do ano, já começam a divergir na escolha da tática que a oposição adotará no inquérito. Enquanto o líder do DEM, deputado Onix Lorenzoni (RS), quer começar as investigações convocando a diretora de Engenharia da Infraero, Eleusa Lores, o líder do PSDB, Antônio Carlos Pannunzio (SP), diz que este não seria bom começo porque a Infraero, sozinha, não explica a falência do sistema aéreo.

?Nós, Democratas, já conversamos sobre o roteiro de trabalho na CPI e há várias semanas estamos analisando auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a Infraero?, conta o líder Onix, ao antecipar que o primeiro requerimento do DEM na CPI será para convocar a diretora de Engenharia. ?Querer começar com a Infraero é querer produzir espetáculos televisivos para desgastar o governo e criar dificuldades à própria CPI para que dê as respostas sobre o apagão aéreo que o povo quer saber?, discorda Pannunzio.

Estratégia

Só na quarta-feira, o líder tucano reunirá a bancada para tratar da estratégia do PSDB na CPI. Segundo o parlamentar, a idéia é fechar posição de bancada e, em seguida, procurar os demais líderes da oposição – DEM e PPS – para tentar estabelecer tática comum. Mas Pannunzio avisa, desde logo, que o PSDB ?não será infantil de querer começar esta CPI explorando o que pode dar desgaste maior ao governo, mas que não guarde relação direta com o apagão?.

Sossego nos aeroportos

Brasília – O último boletim divulgado da Infraero mostra que 72 dos 1.044 vôos programados para ontem (6,9% do total) registraram atrasos superiores a uma hora. Outros 56 (5,4%) foram cancelados. No Aeroporto Afonso Pena, a situação foi tranqüila. Dos 35 vôos programados foi apenas dois tiveram atrasos e nenhum cancelado.

De acordo com o levantamento da Infraero, os aeroportos de Cumbica, Guarulhos (São Paulo) e de Salvador (Bahia) lideraram os atrasos com 11 ocorrências. Em seguida, aparecem o Galeão, no Rio de Janeiro, e Brasília, com sete vôos atrasados em cada um deles. Em Fortaleza (Ceará), foram registrados cinco casos.

Entre os cancelamentos, a pior situação foi em Porto Alegre, com nove ocorrências, o equivalente a 22% do total de vôos programados.

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