O Democratas (DEM) e a Ordem dos Advogados (OAB) do Piauí ingressaram com ações civis públicas na Justiça Federal contra a incorporação do Banco do Estado do Piauí (BEP) pelo Banco do Brasil (BB). As duas instituições pedem a nulidade do processo que foi assinado pelo presidente Lula, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo governador Wellington Dias (PT). O DEM alega que o BEP foi vendido por 34% do preço que foi negociado o Banco Estado de Santa Catarina (Besc), que estava deficitário.
O presidente do DEM no Estado, Valdeci Cavalcante, considera que houve uma venda do BEP para o BB. Na avaliação dele, a operação não foi transparente e, por isso, ingressará com uma representação na Justiça Federal para anular a incorporação.
Segundo o presidente do DEM, o Besc foi avaliado e incorporado pelo BB por R$ 520 milhões, valor 76% superior ao que foi dado ao BEP. Com um detalhe, a carteira do pagamento da folha de servidores públicos do Piauí é bem maior que a de Santa Catarina e que o BEP está superavitário, ao contrário do Besc. ?Esse valor de R$ 180 milhões pelo BEP é muito questionável?, afirma Valdeci.
A OAB-PI também está ajuizando uma ação contra o processo de incorporação do BEP pelo BB referendado pelos governos estadual e federal. Eles alegam que o BEP estava saneado e dando lucro, mas foi incorporado pelo BB por um valor pequeno, considerando as outras incorporações e privatizações de bancos estaduais que foram feitas pelo Programa Nacional de Desestatização.