Delúbio armou uma teia ainda maior

Brasília – As relações do tesoureiro do PT, Delúbio Soares, com as agências de publicidade que atendem ao governo não se restringem a Marcos Valério Fernandes de Souza, sócio da DNA Propaganda e da SMP&B. Nestes dois anos e meio do governo Lula, o tesoureiro construiu e cultiva relações e amizades nessa área, que vão além de Valério, apontado como o seu braço-direito.

O Banco do Brasil é um dos principais elos das relações de Delúbio com a publicidade oficial. Além da DNA de Valério, Delúbio mantém relações próximas com o publicitário Mauro Montorin, diretor da Ogilvy, uma das três agências que atendem ao BB. Montorin também é próximo de Ivan Guimarães, outro amigo de Delúbio, que até abril deste ano era presidente do Banco Popular do Brasil, subsidiário do BB criado no governo Lula para atender à população de baixa renda e excluída do sistema bancário. Guimarães e o tesoureiro do PT se conhecem há 18 anos. Juntos e com a ajuda do atual diretor de marketing do BB, Henrique Pizzolato, trabalharam na campanha do então candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva arrecadando fundos.

A amizade de Montorin com Guimarães também é antiga. Eles foram fundadores da empresa NetCash, criada no fim dos anos 90s, que desenvolve sistemas de comunicação de dados para correspondentes bancários. No fim de 2003, Montorin foi convidado para trabalhar no Grupo Total, que reunia as agências Calia Assumpção e Fischer América. A Calia ganhara a conta do BB, junto com a Ogilvy e a DNA. Montorin passou a atender o BB pela Calia (que virou D+ Brasil) até ir para a Ogilvy.

"Gosto do Delúbio e se ele me considerar um amigo vou achar muito bom", disse Montorin. Já as relações de Delúbio com o publicitário Duda Mendonça, guru de marketing do presidente Lula, são também cordiais, mas atuam em campos independentes. 

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