Seis delegados da Polícia Federal estão trabalhando na análise de tudo que foi reunido durante a Operação Xeque-Mate, principalmente os depoimentos de 79 das 85 pessoas acusadas na operação (seis delas continuam foragidas). O trabalho é realizado a portas fechadas da sala onde estão reunidos e do prédio, alvo da grande movimentação de advogados e parentes dos presos, desde o desencadeamento da operação.
Na próxima sexta-feira, quando vence o prazo das prisões provisórias, o delegado Alexandre Custódio, coordenador da operação, já terá em mãos os nomes dos acusados que integrarão a lista do pedido de renovação da prisão temporária por mais cinco dias. Os advogados de Nilton César Servo, considerado o chefe da máfia dos caça-níqueis, e de Dario Morelli Filho, compadre do presidente Lula, acreditam que seus clientes poderão estar na lista dos que permanecerão presos. São eles Marco Rasslan e Milton Fernando Talzi, respectivamente.
Ambos, a exemplo dos demais advogados, solicitaram ontem o relaxamento da prisão temporária de seus clientes, mas aguardam entrega dos CDs contendo gravações telefônicas e outros autos que resultaram em suas prisões, para adotar novas providências. O material, em conseqüência do feriado desta quinta, será entregue na sexta-feira.