O inquérito sobre o assassinato da advogada Mércia Nakashima deve estar concluído até o fim da próxima semana, afirmou o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Antonio de Olin, que cuida do caso. “Vou relatar o inquérito até o fim do mês e pedir a prisão de Mizael Bispo de Souza”, disse ele, citando o principal suspeito, o policial militar aposentado e ex-namorado da vítima.
Ontem, Souza depôs pela quarta vez. Ele ligou 16 vezes para o vigia Evandro Bezerra da Silva em 23 de maio, dia do desaparecimento de Mércia. As chamadas foram feitas de um celular cadastrado em nome de outra pessoa. Para a polícia, trata-se de mais um evidência do envolvimento deles no assassinato da advogada.
O suspeito não havia revelado ao DHPP a existência desse celular. Ontem, durante o interrogatório, o PM confirmou ser dono do aparelho. O rastreamento do celular apontou que o policial não permaneceu no carro dele das 18h17 às 22h32 desse mesmo dia. As antenas revelam, segundo a polícia, que circulou por grande parte da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo.
De acordo com o delegado, o ex-namorado da vítima utilizava este número de celular apenas para se comunicar com o vigia. “Mércia ligou apenas uma vez para este número. Mizael não atendeu e ligou rapidamente para a advogada em outro celular”, revela. Segundo o advogado Samir Haddad Júnior, Souza negou no depoimento ter feito as 16 ligações.
