“A Polícia Civil de Minas Gerais segue convicta de que tem provas suficientes para incriminar o goleiro Bruno Fernandes de Souza pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samudio”, afirmou o delegado Edson Moreira, que preside o inquérito. A ex-amante de Bruno lutava pelo reconhecimento do filho. Um último episódio confundiu a opinião pública – o depoimento do menor J., 17 anos, primo de Bruno, que durante acareação ontem, assumiu ter mentido nos outros depoimentos feitos à polícia.
A acareação foi acompanhada pela Polícia Civil, advogados, pela mãe do menor além de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais(OAB-MG). J., que nos depoimentos feitos às polícias do Rio de Janeiro e Minas Gerais, afirmou ter presenciado a cena do crime, além de ter visto a mão de Eliza ter sido jogada aos cães, desmentiu e disse ter criado tudo porque estava sob efeito de drogas e que teria sido pressionado por uma delegada a inventar qualquer coisa, caso contrário, pegaria internação de seis anos ou mais.
Apesar da mudança do depoimento, a polícia acredita que foi favorável e proveitoso, como explicou Edson Moreira. O laudo de algumas perícias, análise de documentos e materiais recolhidos em locais de buscas são fundamentais para conclusão do inquérito.
O delegado que preside o inquérito disse que por meio da quebra de sigilo telefônico dos suspeitos, investigadores estão cruzando ligações feitas entre eles. Os registros do GPS do carro de Bruno, a Ranger Rover, onde foi encontrado o sangue da Eliza, devem apontar a trajetória feita nos dias em que Eliza foi sequestrada e mantida em cativeiro, entre os dias 4 e 8 de junho.
Uma das provas mais importantes pode estar em um computador portátil de macarrão apreendido na casa do goleiro Bruno no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro. Provas que a polícia tem e que somente serão divulgadas no relatório do inquérito, previsto para a próxima semana.