A Polícia Civil ainda não definiu a motivação do crime contra o jornalista Amaury Ribeiro Júnior. ?Não é só tráfico de drogas, pode ter sido uma tentativa de roubo?, disse a delegada responsável pelas investigações, Adriana Fernandes de Carvalho.

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O jornalista foi baleado na noite de quarta-feira (19), no município goiano de Cidade Ocidental, a 48 quilômetros de Brasília, onde fazia uma série de reportagens sobre o tráfico de drogas e a violência local para o jornal Correio Braziliense.

Segundo a delegada, todas as hipóteses são possíveis. ?Ainda é cedo, não posso descartar nada?. Testemunhas informaram que o criminoso teria gritado ?Assalto!? ao chegar no local e, em seguida, atirou no jornalista. O ministro Tarso Genro ordenou que a Polícia Federal participe das investigações. Por lei, a PF pode entrar no caso pela hipótese de o crime ter sido um atentado.

Adriana de Carvalho informou que a Polícia Civil já tem novos suspeitos. No primeiro dia de investigações, uma pessoa  foi detida, mas liberada em seguida. Uma testemunha convocada para reconhecer o suspeito deu nota sete, numa escala que vai de zero a dez. Adriana de Carvalho não soube dizer quando ficará pronto o exame nas mãos do suspeito para detectar vestígios de pólvora.

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A polícia já concluiu o exame de balística e a perícia no local do crime. O buraco na parede feito por uma das três balas disparadas foi cimentado assim que a polícia terminou o trabalho. Apenas uma bala acertou o jornalista perto da barriga. Ele foi operado e passa bem.

Na quinta (20) de manhã, a delegada se reuniu com cerca de 15 policiais de  Inteligência da Cidade Ocidental e Luziânia (no entorno do DF), de Goiás e do Distrito Federal.

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A cooperação entre as polícias está prevista na Rede Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride/DF), criada pela Lei Complementar nº 94/1998. De acordo com essa legislação, 19 municípios de Goiás, de Minas Gerais, do Distrito Federal e a União promovem ações conjuntas em várias áreas, incluindo segurança pública.

Segundo a delegada, não é uma ação nova provocada pelo caso. ?A cooperação pode ajudar a elucidar o caso mais rápido, mas já existia antes e vai continuar, independentemente desse caso?.