O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou neste sábado (4) que na próxima segunda-feira conversará com os ministros da Fazenda e do Planejamento, seguindo orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir a recuperação do orçamento das Forças Armadas. No entanto, questionado se o tempo das vacas magras para as Forças Armadas vai acabar, respondeu: "as vacas magras são difíceis de acabar".

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Jobim acompanhou neste sábado em Coari, no interior do Amazonas, a Operação Solimões, uma simulação de guerra envolvendo tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Segundo o ministro, a discussão sobre reequipamento e orçamento das Forças foi iniciada com o ex-ministro Waldir Pires e "houve uma instrução do presidente no sentido da liberação de recursos e modificação de cálculos de teto de gastos". Jobim informou que determinou à sua assessoria que faça um levantamento completo da questão, que será definida com o novo secretário de orçamento do Ministério, ainda a ser nomeado.

O ministro da Defesa elogiou o desempenho das Forças Armadas e destacou a importância que dará à Amazônia em sua gestão. Jobim justificou a presença do ministro da Secretaria de Ações de Longo Prazo, Mangabeira Unger, no exercício militar. "É para que nós possamos, logo a seguir, começar a pensar em Amazônia, nessa integração global das Forças Armadas brasileiras", disse Jobim, acrescentando que "a Amazônia é a zona de maior importância para o País, seja no que diz respeito à perspectiva militar ou à ambiental".

Na entrevista, ao falar sobre o trabalho conjunto que viu entre as três Forças, comentou: "quero elogiar a integração entre as forças, o que mostra que aquela impressão que se poderia ter, de que estas Forças não se comunicavam, a demonstração (do contrário) está exatamente neste tipo de operação". Para ele, este tipo de exercício "mostra claramente que, no Brasil, nós temos força militar brasileira, que se caracteriza por três segmentos: Exército, Marinha e Aeronáutica e, portanto, eu queria cumprimentar os comandantes pelo sucesso desta operação e a demonstração nítida de que não há nenhuma possibilidade de nenhuma disputa em relação a isso. Todos, inclusive, o Exército brasileiro, e as Forças Armadas, estão pensando a nação e o Brasil"

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