A defesa de Mizael Bispo, advogado acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima, afirmou hoje que o laudo da polícia é leviano e inconclusivo ao dizer que algas encontradas em um dos pares de sapato de Bispo provam que ele esteve na represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, onde o corpo da vítima foi localizado.
Segundo o perito Renato Pattoli, do Instituto de Criminalística (IC), a evidência confirma que o sapato foi usado por alguém que colocou o pé na água da represa. Para o advogado Sammir Haddad Junior, o laudo não especifica qual a alga pode ser encontrada apenas naquela represa. “Essa alga pode ser encontrada no Brasil inteiro, ele (o laudo) não pode afirmar que Mizael estava lá”, disse.
O laudo mostra que o exame microscópico encontrou ainda resíduos de ossos e chumbo e manchas de sangue em um dos dois pares de sapato de Bispo. As testemunhas do caso serão ouvidas durante a audiência de instrução no dia 18 de outubro, em Guarulhos.
Mércia foi morta após deixar a casa da avó, em Guarulhos, no dia 23 de maio. Para a polícia, Mizael teria se encontrado com ela em frente ao hospital geral da cidade no início da noite. Em seguida, eles teriam seguido no carro dela para a represa, onde Mércia foi agredida no rosto e baleada. Depois, o veículo foi jogado dentro da água.