A defesa do médico Roger Abdelmassih, preso sob acusação de ter cometido 56 estupros, ingressou ontem com pedido de reconsideração da ordem de prisão expedida em 17 de agosto pela 16ª Vara Criminal de São Paulo. O pedido é subscrito pelo criminalista Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça (2003 a 2007), mais novo integrante da banca de defesa de Abdelmassih.

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O advogado José Luís Oliveira Lima assina com Thomaz Bastos a petição, entregue ontem, em mãos, à juíza Kenarik Boujikian Felippe, titular da 16ª Vara. “Ratificamos os argumentos apresentados nos habeas corpus e anexamos a decisão do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp)”, assinalou. Dias após a prisão, conselheiros do órgão suspenderam temporariamente o registro profissional. “Se um dos argumentos do Ministério Público (MP) para pedir a prisão era o fato de ele continuar clinicando, com a decisão do Cremesp isso cai por terra”, disse Oliveira Lima.

Os advogados já ingressaram com três pedidos de habeas corpus – no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) -, e todos eles tiveram a liminar negada. O decreto de prisão foi expedido pelo juiz Bruno Paes Stranforini – Kenarik estava em férias. Há um ano ela havia rejeitado a primeira acusação contra o médico, sob o argumento de que o MP não tem poder para investigar.

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