A Defensoria Pública da União propôs hoje ação civil pública para pedir o tombamento do antigo Museu do Índio, no Rio, cuja demolição está prevista pelo governo para a reforma do Maracanã. O órgão quer ainda a recuperação do imóvel, e a autorização de permanência dos cerca de 60 índios que vivem no local.
A demolição do prédio está prevista na minuta do edital de licitação para concessão da arena. A derrubada tem como objetivo, segundo o governo, facilitar a mobilidade do pública na chegada e saída do estádio.
O defensor público André Ordacgy afirma que não há necessidade de derrubada para a circulação do público. “Nunca atrapalhou. Não atrapalha em nada”, disse ele, em entrevista ao RJ TV 2ª edição.
O tombamento do imóvel chegou a ser proposta no Inepac (Instituto Estadual de Patrimônio Artístico e Cultural), mas o processo não foi concluído.
O governo afirma que já comprou o imóvel por R$ 60 milhões do Ministério da Agricultura, antigo dono, e que vai realizar a demolição.
Criado em 1953, o museu funcionou por cerca de 25 anos. Desde o fim da década de 70 está abandonado. Há seis anos, cerca de 60 indígenas vivem no local, a fim de evitar a demolição. A DPU defende que eles possam permanecer no local.