Causou irritação entre oposicionistas, no Senado, a declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo terá que aumentar alíquota de contribuições ou até criar novos impostos caso não seja aprovada pelo Congresso antes do fim do ano a emenda que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "O Senado não recebe ameaças", reagiu o líder do DEM (ex-PFL) no Senado, senador José Agripino (RN), em declaração divulgada pelo programa "Bom dia, Brasil", da TV Globo.

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Mantega fez a declaração porque, se a prorrogação da CPMF não for aprovada antes do fim do ano, o governo perderá receita anual de R$ 38 bilhões a R$ 40 bilhões. "Eu acho que o ministro Mantega deve guardar as suas ameaças para aqueles que convivem com ele e respeitar a autonomia do Senado, que saberá, com autoridade, com responsabilidade, discutir o interesse do Brasil", acrescentou Agripino.

Mantega irá hoje ao Senado para uma conversa sobre a CPMF com o senador Marco Maciel (DEM-PE), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde começa a tramitação da emenda, já aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados.

A senadora petista Ideli Salvatti (SC) afirmou que não considera a declaração de Mantega uma ameaça e fez campanha pela aprovação da emenda que renova a cobrança da CPMF. "A CPMF – é importante todos saberem: só paga CPMF quem tem conta bancária, quem movimenta dinheiro no banco.

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