Brasília – O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse na tarde desta quarta-feira (12) que a absolvição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa, foi "uma decisão soberana do plenário do Senado e tem que ser respeitada". Ele acrescentou: "Acho que politicamente foi ruim. A crise permanece. Ela veio para ficar."
Para o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), "essa é uma decisão independente do Senado, a quem cabia o julgamento ? ao governo só cabe respeitar essa e outras decisões do Legislativo".
O resultado da sessão no plenário registrou 40 votos pela absolvição, 35 votos a favor da cassação e seis abstenções. Para aprovar a cassação ou a absolvição era necessária maioria simples, ou seja, 41 dos 81 votos dos senadores. A absolvição livrou o presidente do Senado do primeiro de quatro processos a que responde no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.
O processo era por quebra de decoro parlamentar após uma representação do P-SOL, baseada em uma reportagem da revista Veja, que afirmou que o senador tinha contas pessoais pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior. Entre as contas, a pensão paga à jornalista Mônica Velloso, com quem tem uma filha.
