De 11 mortos em SP, sete moravam em áreas de risco

Sete das 11 pessoas que morreram na capital paulista em decorrência das chuvas desde o início da operação verão, em dezembro, moravam em áreas consideradas de risco pela Defesa Civil Estadual – habitavam áreas de encostas, sujeitas a deslizamentos, e morreram soterradas em suas próprias casas.

Mesmo após as mortes, a cidade ainda não conta com um mapa das áreas de risco atualizado. O governo municipal aguarda a finalização, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da atualização do mapa das áreas de risco. O último foi feito há 10 anos.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) negou ontem que tenha congelado R$ 19,6 milhões do orçamento destinado às subprefeituras para intervenções em áreas de risco. Ele diz que as verbas foram centralizadas nas secretarias de Coordenação das Subprefeituras e Habitação “para o melhor uso do recurso”. “O recurso é de todos da cidade e deve ser priorizado onde há mais necessidade.” Segundo Kassab, já foram gastos quase R$ 6 milhões para intervenções em áreas de risco. Ele negou a possibilidade de a medida dificultar a liberação dos recursos durante emergências.

Morte

Na cidade de Cunha, no interior paulista, o lavrador José Milton do Carmo, de 34 anos, morador do bairro da Gabiroba, na zona rural, morreu ao ser arrastado pela correnteza de um riacho, quando tentava atravessá-lo de moto. O acidente teria acontecido por volta das 22 horas de terça-feira, mas o corpo foi encontrado na manhã de ontem. Com a morte de José Milton do Carmo, sobe para oito o número de vítimas das chuvas no município. No dia 1º, sete pessoas da mesma família morreram soterradas, também na zona rural de Cunha.

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