A denúncia de que a Prefeitura de Curitiba supostamente teria pago passagens de ônibus rumo a Balneário Camboriú (SC) para moradores em situação de rua, na última sexta-feira (5), vai parar no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Documentos serão entregues nesta segunda-feira (8) para o setor jurídico da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social.

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José Henrique Pilica, diretor da Abordagem Social e funcionário da prefeitura de Balneário Camboriú, responsável pelo vídeo que mostrou a ocorrência no Litoral catarinense, conversou com a Tribuna do Paraná. O diretor relatou detalhes da abordagem e disse que ficou perplexo ao saber que a passagem foi comprada, segundo ele, por uma empresa que presta serviço para a Prefeitura de Curitiba.

Rodoviária de Balneário Camboriú (SC). Foto: Reprodução/Rodoviária de Balneário Camboriú

“Em toda passagem aparece quem comprou e qual empresa fez o pagamento. Nesse caso, a empresa presta serviço para a cidade de Curitiba. Verificamos tudo isso. Iremos ao Ministério Público com os dados da passagem da empresa que consta e farei denúncia no MPSC. Temos a prova”, adiantou Pilica que preferiu não citar o nome da empresa para a reportagem. “Iremos mostrar isso após fazermos a denúncia”, reforçou.

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Segundo o diretor, uma denúncia de dentro do ônibus da empresa Catarinense levou a equipe para a rodoviária de Balneário Camboriú. A pessoa que fez a reclamação percebeu que um grupo de moradores em situação de rua embarcou no ônibus em Curitiba. Durante o trajeto, o cheiro dentro do veículo virou motivo de indisposição entre os passageiros.

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“Essa pessoa que abordamos estava com roupa suja e com odor de urina e fezes. Não sei como ele entrou no ônibus, pois aqui, a pessoa não embarcaria. No momento da abordagem, ele falou que vivia em Curitiba já há algum tempo e uma assistente social ofereceu a passagem. Disse que queria conhecer a praia e que não conhecia ninguém na cidade. Eu perguntei de novo, questionei se ele conhecia alguém, onde iria ficar, e ele comentou que Curitiba oferece passagens para vários lugares e apresentaram Balneário Camboriú”, comentou o diretor. 

O número exato de pessoas em situação de rua, que teria desembarcado na rodoviária de Balneário Camboriú, vindos de Curitiba, não foi informado.

Voltou para Curitiba

Ainda segundo José Henrique Pilica, o homem foi encaminhado a uma casa de passagem de Balneário Camboriú, onde tomou banho, trocou de roupa e se alimentou. Na sequência, pediu para que a equipe da Abordagem Social entrasse em contato com um familiar em Curitiba, para que pudesse retornar ao Paraná.

“Ele conversou com uma pessoa da família, que pagou a passagem e voltou. As cidades precisam entender que não é correto passar o problema para o outro município. O jeito certo é montar uma equipe multidisciplinar feito pela Saúde com médicos, enfermeiros e psicólogos. Se a pessoa não consegue responder por ela, internação compulsória. Isso é caso de Saúde e não de Assistência. Tenho família em Curitiba e estamos acompanhando que a cidade está passando por um processo igual ao de São Paulo, não está dando conta. Não é o certo o que estão fazendo”, completou Pilica.  

E aí, prefeitura?

A Tribuna do Paraná voltou a conversar com a Prefeitura de Curitiba, nesta segunda-feira (8). Segundo a Comunicação Social da Fundação de Ação Social (FAS), a resposta segue sendo a nota oficial emitida no domingo (7). Leia abaixo a nota na íntegra.

“A Prefeitura de Curitiba não confirma as informações veiculadas em vídeos. A Fundação de Ação Social (FAS) informa que apenas atende pessoas com concessão de passagens que desejam retornar para suas cidades de origem no Brasil ou que comprovem vínculos na cidade em que deseja viajar. A concessão é feita somente para pessoas ou famílias em situação de vulnerabilidade, após atendimento e análise técnica, além do contato com familiares na cidade de origem. Ressaltamos que a Fundação de Ação Social de Curitiba respeita as diretrizes e política nacional de atendimento às pessoas em situação de rua”. 

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