A cúpula de campanha do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu bem a queda de Ciro Gomes (PPS) e a subida de José Serra (PSDB) nas últimas pesquisas de intenção de voto para o Planalto. Na avaliação dos dirigentes petistas, a nova aproximação dos adversários na disputa pelo segundo lugar os obrigará a manter as brigas públicas que vêm protagonizando. A previsão, agora, é que Lula terá ?um fôlego? de pelo menos mais 15 dias para discutir apenas suas propostas, sem se preocupar em responder aos ataques dos adversários.
A coordenação de campanha de Lula estava preocupada, por causa da aproximação de Ciro nas pesquisas e sua conseqüente polarização com o presidenciável petista. Isso obrigaria Lula a bater de frente com o candidato do PPS, estratégia que não estava nos planos do PT, pelo menos neste momento da sucessão. ?Temos aí mais uns 15 dias para seguir nosso rumo?, avalia o economista José Graziano da Silva, que coordena a equipe de ?subsídios? da campanha, um núcleo que corre atrás de material e especialistas para preparar o candidato do PT.