CRM cassa registro de falso cirurgião

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO) cassou na noite de quinta-feira, por unanimidade, o registro profissional do médico Denísio Marcelo Caron. Ele foi condenado por sua conduta ética no caso que resultou na morte da advogada Janet Virgínia Novaes Figueiredo – cunhada do próprio médico. Segundo a irmã dela, Jane Novaes, o médico provocou seis perfurações no intestino dela durante uma lipoaspiração. ?Além disso, ele não prestou socorro?, contou à reportagem. Caron, que não tinha especialização em cirurgia plástica, apresentava-se como expert no assunto.

A reunião dos conselheiros começou às 20 horas e só terminou às 23h30, quando a decisão foi anunciada. A mãe de Janet, Clélia Novaes, aplaudiu a decisão dos médicos. Caron, que não compareceu ao julgamento, foi representado pelo advogado Adolfo da Costa. Ele contou que o Caron vai recorrer ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para tentar manter seu registro profissional.

No dia 14 de janeiro de 2001, a cunhada do médico e advogada Janet Novaes Figueiredo, de 42 anos, morreu com seis perfurações no intestino provocadas pela caneta cirúrgica de Caron. O fato provocou uma divisão na família. ?Nunca mais nossas famílias se falaram?, conta a arquiteta Jane Novaes. ?Até então, não havia nada que o desabonasse porque as vítimas não procuravam a Justiça.?

Ela lembra que o drama da família começou dez dias antes da cirurgia, quando Caron levou a irmã para a sala de cirurgia. Com seis perfurações intestinais, ela foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou 62 horas sem ser atendida pelo médico. ?Ele não deu a menor assistência para minha irmã e se revelou uma pessoa de péssimo caráter.? Jane conta que sua maior revolta é o fato de o médico ainda ter sido o responsável pela morte de mais pacientes.

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