Crise nos Correios pode dificultar distribuição do Enem

O impasse sobre a renovação dos contratos entre as agências franqueadas e os Correios (ECT) e a crise administrativa na estatal preocupam o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que organiza o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Ontem, a Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) disse à ECT que a distribuição das provas pode ficar comprometida se não houver uma definição sobre a licitação das franquias.

Representantes do MEC e da direção dos Correios se reuniram ontem de manhã. Em seguida, o comando da ECT teve um encontro com a Abrapost. O governo prometeu publicar no Diário Oficial de hoje a decisão de liberar o Inep da necessidade de fazer licitação para contratar os Correios para distribuir as provas do Enem.

Apesar da reunião do MEC com a ECT e da pressa que o governo exibe a três meses da prova – marcada para 6 e 7 de novembro -, a Abrapost teme que os Correios não consigam licitar as franquias e a rede de distribuição da estatal fique comprometida. “O apagão postal está mais próximo do que nunca”, disse Marco Aurélio de Carvalho, advogado da Abrapost.

Em 2009, os Correios ficaram responsáveis pela operacionalização da logística de entrega da prova. Os Correios foram convocados para atuarem no Enem após o vazamento da prova, em outubro passado. Para 2010, o volume da operacionalização será maior, já que o número de inscrições, 4,6 milhões, é recorde. Mas a logística não deve sofrer alterações profundas, segundo o chefe do Departamento de Logística Integrada, Aluísio Gomes.

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