O réveillon carioca sente os reflexos da crise financeira internacional. Com menos turistas estrangeiros nos hotéis e cancelamento de shows em Ipanema e Flamengo, o evento de Copacabana, cujo orçamento teve corte, enfrenta o desafio de manter o glamour de edições passadas que deram à cidade a fama de promover a maior festa do País. Para piorar, o tempo não ajuda e há ainda a previsão de chuva para a hora da virada.

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Desentendimentos entre autoridades municipais e estaduais afetaram a festa. A Polícia Militar alegou não ter como manter a segurança além de Copacabana. Patrocinadores avisaram em novembro que não investiriam no réveillon. A verba para os fogos caiu de R$ 1,7 milhão para R$ 1,5 milhão, mas a quantidade de explosivos (24 toneladas) foi mantida. “Eles diversificaram os fornecedores para baratear a importação, mas as bombas têm a mesma qualidade”, disse Rubem Medina, presidente da Riotur.

Nos hotéis, a taxa de ocupação caiu dez pontos porcentuais em relação ao ano passado. Em 2007, apenas 2% dos leitos estavam vagos. Neste ano, a expectativa é alcançar 88% de ocupação – as reservas estavam em 82% na semana passada. “Há uma crise internacional e houve uma inversão no perfil do turista. No ano passado, 70% eram estrangeiros. Agora, esperamos 70% de turistas vindos de outros Estados do Brasil”, disse Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira.

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