Por dia, em média, o zoo recebeu, em 2016, 3.722 visitantes – foram 1.358.498 no ano, uma queda de 15% em relação a 2015, pois a crise econômica também afetou o movimento do parque, conforme admitiu Paulo Magalhães Bressan, presidente da fundação. O número de animais no zoo também caiu. Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que eram 3.197 em 2012. Em 31 de dezembro de 2016, esse número havia caído 7,7%, para 2.950.
Entre uma parcela pequena dos visitantes há sempre aqueles que se encantam com os bichos e tentam se aproximar demais, ultrapassando as barreiras de segurança, arriscando-se ou expondo crianças ao perigo. Há ainda quem se transforme em um perigo para os bichos, ao resolver dar chocolates ou jogar pedras nos animais para vê-los se mexer.
“Uma mãe jogou uma vez uma chupeta para o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)”, contou a bióloga Mara Cristina Marques.
Outras pessoas também abandonam animais no zoo. São papagaios, jabutis, saguis, tucanos, corujas, tatus e até uma preguiça – que estava com as garras cortadas -, que acabam encontrados pelos funcionários da fundação. “As pessoas trazem os bichos escondidos em mochilas”, afirmou Mara Cristina.
Mas nem todos ficam no zoo. Não é qualquer bicho que pode morar nos 824,5 mil metros quadrados do parque paulistano. Além de alimentar e cuidar de seus bichos, os 340 funcionários também participam de outra função: eles decidem quem nasce e quem vive no zoológico.