Porto Príncipe – O comandante da força militar da ONU no Haiti (Minustah), general brasileiro Augusto Heleno Ribeiro Pereira, não acredita na possibilidade de desarmar a população a curto prazo. Em entrevista ontem, o general afirmou que é “impossível” reverter em poucos meses um processo de armamento que levou mais de 20 anos. “O desarmamento será conseqüência direta de uma nova perspectiva de vida para o povo do Haiti. Não acredito em desarmamento se o país se mantiver na situação que está hoje: com sua infra-estrutura completamente comprometida”, diz. Desde o dia 1.º de junho, a Minustah substituiu a força interina multinacional dos EUA, Canadá, Chile e França que chegou ao país após a queda do presidente Jean Baptiste Aristide. Foi criada com a resolução 1542 do Conselho de Segurança da ONU e foi nomeada de “Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti”. Está autorizada a usar força letal caso seja atacada. O general ainda cobrou o início da ajuda humanitária da ONU. Até hoje não há programas de distribuição de água ou alimentos para a população.
Crise do Haiti não se resolve logo
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