Crise aérea já prejudica os negócios no País

A crise aérea está causando prejuízos a empresas e passageiros, mas ainda não é suficiente para alterar as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Mas os economistas concordam que o ambiente de negócios e a imagem do País estão sendo afetados. "Esse caos vai, obviamente, gerar um custo gigantesco", diz o economista Armando Castelar, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal. Embora admita ser difícil calcular o prejuízo, ele estima que pode passar de R$ 1 bilhão, levando em conta os setores e as atividades atingidos. O PIB em 2006 foi de R$ 2,3 trilhões.

Castelar explica que o caos aéreo prejudica os negócios e o turismo. Aumenta o custo de seguros e afeta a exportação de produtos transportados por avião, como frutas e eletroeletrônicos. Num exercício de simulação, ele calcula que o custo de um dia útil perdido para um grupo de 10 mil executivos com salários individuais de R$ 12 mil seria de R$ 6 milhões.

O economista Sergio Valle, da MB Associados, também avalia que é cedo para estimar os estragos. Ele afirma que a expansão de 4,5% do PIB continua mantida. "Não vamos deixar de crescer nesse ritmo, mas há uma série de perdas de eficiência com esse caos." A economista do Ipea Lucia Helena Salgado lembra que 70% da demanda do setor aéreo é de viagens de negócios, 25% turismo e os 5% restantes, pessoais. Daí a conclusão de que a economia perde dinamismo com a crise.

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