A intensificação da crise aérea e as restrições anunciadas ao Aeroporto de Congonhas devem trazer uma redução de 30% na operação das companhias aéreas. A estimativa é do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). A entidade calcula que no período de outubro do ano passado a junho deste ano, o apagão já custou R$ 150 milhões às empresas de transporte regular de cargas e de passageiros.
Entre as empresas especializadas em transporte de cargas, a VarigLog viu seu custo aumentar 23% este mês. O motivo é a transferência de vôos de passageiros de Congonhas para o Aeroporto de Guarulhos. Como a prioridade tem sido atender os passageiros, os aviões da ex-subsidiária da Varig gastam mais combustível para esperar sua vez de pousar. O querosene de aviação representa 35% dos custos de uma empresa aérea.
Além dos prejuízos, as companhias aéreas de vôos regulares também estão revisando todo o seu planejamento de malha de vôos e de frota, afirma o secretário-geral do Snea, Anchieta Hélcias. Segundo ele, haverá ‘inevitavelmente’ redução do número de aeronaves que estava programado para 2018. Nesse período, as cinco maiores empresas do setor previam a entrega de 170 aviões.
