Brasília – O balanço parcial dos Jogos Pan-Americanos indica que os níveis de ocorrência policial caíram, segundo o secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), Luiz Fernando Corrêa. Sem divulgar números, afirmou que o Pan-Americano vai deixar um ?grande legado? material para o Rio de Janeiro, em tecnologia, radiocomunicação, inteligência, veículos, treinamento, armamento, infra-estrutura. ?Dos R$ 562 milhões investidos para os jogos, cerca de R$ 400 milhões ficarão aqui. Mas o maior legado que vai ficar é esse que não é visível: a boa relação do Estado com as comunidades na questão de segurança pública?, pontuou.
"Nós não temos incidentes envolvendo delegações, os níveis de ocorrência policial indicam que baixaram, a sensação de segurança tem sido grande e, mais importante, o policiamento intenso não está interferindo na rotina da cidade. Não temos áreas de exclusão, ou áreas onde a polícia não pode entrar. O cidadão vem circulando naturalmente, e os jogos transcorrem dentro da normalidade?, sublinhou.
Em relação à Força Nacional de Segurança, que está com quase seis mil homens no Rio de Janeiro, não há prazo para que ela deixe o estado fluminense. ?Ela vai ficar aqui até o momento que a inteligência e a articulação com o estado determinem que seja necessário. Mas nós não vamos manter efetivos só para justificar ou fazer um ato político?, finalizou.
Corrêa negou que houve um pacto entre autoridades do governo e facções criminosas do Rio de Janeiro para que os Jogos Pan-Americanos aconteçam sem transtornos. "Não houve qualquer pacto entre governo e bandidos, porque todo o plano de inteligência, planejamento e execução dos jogos ficou por conta da Senasp. Se houver necessidade de operações, as polícias vão entrar em ação em qualquer comunidade, no mesmo nível em que entrou no Complexo do Alemão. Não há qualquer pactuação. O que existe é um policiamento preventivo que inibe qualquer ação de criminosos?, frisou Corrêa.
