Crimes patrimoniais considerados especializados foram os únicos a apresentarem alta no País entre 2014 e 2015. São os casos de registros de assaltos a banco, que passaram de 1.592 ocorrências para 1.750, das quais 985 se concentram em Estados das Regiões Sul e Sudeste.

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O padrão de aumento se repetiu nas ocorrências de roubos de carga, que passaram de 16.475 casos para 18.491. Nos quatro Estados do Sudeste, aconteceram 16.207 desses assaltos.

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Os dados foram coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com base em solicitações feitas pela Lei de Acesso a Informações a todos os Estados do País. Os números que configuram o crescimento da criminalidade não se repetiram na análise de outras práticas criminosas, que, segundo os especialistas, ou tiveram queda ou apresentaram uma tendência de estabilização.

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“Apesar dessa estabilização, olhar para os dados de cada crime representa um drama. Isso porque cresceram casos de roubos a banco, de carga, casos de latrocínio. Ou seja, migramos para uma violência mais organizada, o que não deixa de ser bastante preocupante”, disse o diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima. “É um problema sério a ser enfrentado em meio a um patamar baixo de investimentos na área e sem uma nova perspectiva”, afirmou.

Carros. No caso dos veículos, uma queda de 0,6% foi observada nas ocorrências de roubo e de furto, que totalizaram 509.978 registros, ou um desses crimes a cada minuto no Brasil. Se somados com os números de 2014, o dado ultrapassa a marca de 1 milhão de veículos tomados pela criminalidade.

Apesar de liderar os registros em números absolutos, com 189,4 mil ocorrências dessa natureza, o Estado de São Paulo conseguiu reduzir esses crimes em 14,5% entre 2014 e 2015, e uma taxa de 711 roubos por 100 mil veículos. A taxa mais baixa está em Roraima: 370. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.