Crimes contra o patrimônio caem; sequestros aumentam

Depois de alcançar índices recordes no ano passado, o primeiro trimestre deste ano registrou queda na maioria dos tipos de crimes contra o patrimônio no Estado de São Paulo. Houve redução em roubo (-13%), furto (-5%), furto de veículos (-10%), roubos de veículos (-12%) e roubo de cargas (-7%). Em compensação, cresceu o total de sequestros (25%) e roubo a banco (16%).

Conforme antecipou o O Estado de S.Paulo, pela primeira vez em dez anos cresceram os casos de homicídio na capital paulista (23%). Também aumentaram as ocorrências de resistência seguida de morte(40%) no Estado – casos em que a vítima morre em suposto confronto com a polícia. Os latrocínios, roubos seguidos de morte, registraram o maior índice de queda entre os casos de crimes contra o patrimônio (-22%).

Considerando a soma de todos os crimes contra o patrimônio (roubo, furto, roubo e furto de veículos, latrocínio, roubo a banco), a redução no Estado foi expressiva. Os 290.618 casos do ano passado passaram para 267.379 neste ano (-9%). A queda foi puxada pela redução nos casos de roubo (57.361) e roubo de veículos (16.997). Houve ainda 66 casos de roubo a banco e 25 sequestros. Os dados foram divulgados ontem no balanço da Secretaria de Segurança Pública.

Os homicídios no Estado, que no ano passado haviam crescido 3%, mantiveram a tendência de alta. Houve crescimento de 7% dos casos, crescimento menor do que o ocorrido na capital.

Santos, São Vicente e Guarujá, cidades do litoral sul que nas últimas semanas registraram casos de homicídios que assustaram a população, tiveram aumento nos índices de assassinatos (20%). O aumento foi puxado pela cidade de Santos, que passou de 6 para 13 assassinatos. Guarujá teve dez homicídios, mesmo número do ano passado; e São Vicente teve 12 ocorrências, 1 a menos que no mesmo período do ano anterior.

O secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, disse que desde que assumiu, em março do ano passado, priorizou o combate ao crime contra o patrimônio. Houve aumento no patrulhamento nas ruas por parte da Polícia Militar e transferência de pessoal de equipes especializadas da Polícia Civil para trabalharem nas investigações em delegacias, entre outras medidas. “Os resultados começaram a aparecer”, disse.

Houve, contudo, no primeiro trimestre, uma redução de prisões feitas pela polícia. Foram 28.042 prisões, queda de 3%. Ainda foram registrados no primeiro trimestre 2.323 casos de estupros. Por causa da mudança, que passou também a contabilizar atos libidinosos e atentado ao pudor, os índices não podem ser comparados aos do ano passado.

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