As longas filas de espera de pacientes com sintomas de dengue também se repetem na rede particular. Desde a última semana, quando as autoridades estaduais reconheceram que o Rio vive uma epidemia, o movimento das emergências dos melhores hospitais da cidade aumentou cerca de 80%. Nos hospitais da rede D?Or, o número de casos confirmados de dengue, no entanto, é bem menor: apenas cerca de 5%. ?Isso mostra que estamos diante de uma população bastante assustada?, disse a epidemiologista Tatiana Campos
O diretor do Centro Pediátrico da Lagoa, Manoel Carvalho, disse nunca ter visto uma epidemia de dengue que tenha atingido tanto as crianças quanto a deste ano. ?Está uma coisa que a gente nunca viu e não tem nenhum sinal de que vá arrefecer?, afirmou. Segundo Carvalho, não há leitos suficientes para os pacientes que já estão com confirmação de dengue. ?O Centro Pediátrico tem um Centro de Terapia Intensiva (CTI) com 11 leitos e, semanalmente, estamos com três ou quatro deles ocupados com crianças com dengue?, disse. Nessas condições, não é rara a recusa do hospital em internar novos casos. ?Semanalmente recusamos pelo menos dois novos casos que precisam de internação em CTI.?