Depois de escapar de várias tentativas de assassinato, o detento Cesar Augusto Roriz, o Cesinha, de 39 anos, foi morto ontem, por volta das 10h30, na penitenciária de segurança máxima de Avaré, a 268 quilômetros de São Paulo, para onde foi levado recentemente. Ele recebeu golpes de cabo de vassoura transformado em espeto e em seguida foi asfixiado com lençóis que formavam uma ?teresa? – corda que os presos costumam fazer para escalar muros. Paulo Henrique Bispo da Silva, outro detento, assumiu a autoria do crime e foi autuado em flagrante.
No ano passado, a penitenciária 1 de Avaré, onde ocorreu o crime, foi adaptada para receber presos de alta periculosidade que cumprem pena em regime diferenciado. Quando Cesinha foi morto, a unidade mantinha 37 detentos.
Fundador
Cesinha foi um dos fundadores do PCC, nos anos 90, permaneceu na facção criminosa até novembro de 2002, quando foi expulso e jurado de morte juntamente com José Márcio Felício dos Santos, o Geleião. No lugar de ambos ficou Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Cesinha e Geleião foram acusados de radicalismo e, fora do PCC, criaram o TCC (Terceiro Comando da Capital), facção rival da primeira. Por causa das diferenças, já sofreram represálias. No mês passado, o detento Carlos Roberto Barbosa foi morto por membros do TCC, na penitenciária 1 de Sorocaba porque, segundo informaram os próprios detentos, estava ali com a missão de executar Cesinha.