Creche no Rio é acusada de amarrar criança em poltrona

O biomédico Marcelo Henrique Gomes filmou o próprio filho, de 4 anos, amarrado a uma poltrona na Escola Creche Sonho Meu, uma escola particular em Anil, trecho do bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. A filmagem ocorreu em 24 de fevereiro, e no dia seguinte Marcelo e a mulher, a administradora Márcia Augusto Barbosa, denunciaram o caso à Polícia Civil, acusando a escola de maus tratos. Marcelo tirou o filho da escola e o matriculou em uma creche municipal.

O caso, divulgado nesta semana pelo jornal “O Globo”, foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e agora está sendo discutido no Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Antes do flagrante, Marcelo havia sido alertado por uma funcionária da creche a respeito da conduta adotada em relação ao seu filho, que tem “atraso psicomotor” e ingressou na creche por recomendação médica, “para melhor desenvolvimento e socialização”.

Após receber a informação, o biomédico levou o filho à creche e voltou cerca de 15 minutos depois, sem avisar. Entrou na instituição e, com o celular, gravou o filho preso à cadeira.

A professora que tomava conta dos alunos afirmou que a criança estava naquela situação para fazer uma refeição. No entanto, as outras crianças brincavam e não estava sendo servida comida.

Depois do episódio, outros funcionários da creche contaram ao biomédico que a criança havia sido amarrada em mais ocasiões.

À imprensa, a diretora da creche, Sônia Cabral de Almeida, afirmou que a poltrona é recomendada por entidade especializada em reabilitação e que a criança estava usando exclusivamente para o momento da refeição.

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