Uma ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na chamada Cracolândia deixou ao menos três feridos após um tiroteio, segundo o Batalhão de Ações Especiais Policiais (BAEP) da Polícia Militar. Entre os três baleados está uma mulher, que foi atingida após troca de tiros entre a GCM e um suspeito que estava armado no local, de acordo com o 77º DP, de Santa Cecília.

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Segundo o major Robinson Castropil, comandante do BAEP, o tumulto teve início por volta das 13h após uma apreensão de drogas feita pela GCM. A ação fez, segundo o oficial da PM, que pessoas que estavam no fluxo da Cracolândia começassem a brigar. Usuários de drogas na região teriam jogado pedras em direção à GCM.

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“Nessa briga, tiros foram disparados dentro do fluxo”, disse Castropil. O major não soube precisar quem fez o socorro às vítimas, mas afirmou que, com os disparos, o fluxo se dispersou em uma grande correria. Segundo a Polícia Civil, um suspeito teria disparado contra agentes municipais e conseguido fugir, logo em seguida.

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“Usuários de crack se dirigiram às avenidas Rio Branco e Duque de Caxias. Parte foi para a Praça Júlio Prestes. “Eles pularam o muro e entraram no nosso prédio”, disse uma auxiliar de limpeza que trabalha nos condomínios residenciais do governo do Estado, recém instalados ali. Ela não quis se identificar.

Ainda segundo Castropil, inicialmente a GCM e policiais do 13º Batalhao da PM, unidade que atende a Cracolândia, tentaram evitar a correria, mas precisaram do reforço do BAEP. “Fizemos um trabalho de agrupar as pessoas na praça (Júlio Prestes) para fazer a limpeza e revistas. Agora as coisas se acalmaram”, disse o PM, por volta das 17h30.

A mulher atingia teria sido encaminhada à Santa Casa de Misericórdia. A polícia não soube informar se a vítima foi atingida por tiros da GCM ou do suspeito, que conseguiu fugir. Não há informações sobre a idade da vítima nem seu estado de saúde. Guardas da GCM levaram cápsulas de calibre .380 ao 77º DP, que seriam do suspeito armado.

Em apoio à ação da Prefeitura, a PM fez um cerco aos dependentes químicos na região da Luz e fechou o acesso à rua Helvétia, causando transtorno no trânsito da região. Apesar da ação policial, usuários se espalharam pelo entorno da Praça Princesa Isabel usando crack.

Contatada, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou que ainda estava apurando as informações sobre o episódio.

Limpeza

Há dez dias, outra ação semelhante já havia resultado em troca de tiros, correria e depredação no mesmo local. Guardas municipais foram alvo de tiros de ao menos dois suspeitos na terça-feira passada, 30 de abril, em outra operação de limpeza.

Na ocasião, a PM também cercou os quarteirões ao redor da Helvetia e jogou bombas de efeito moral e gás. Houve correria, depredação e fechamento do comércio no entorno. Vários moradores de rua foram pisoteados.