CPMI põe mais dois na lista: Dantas e Cicco

A lista de indiciamentos a ser levada ao Ministério Público aumentou no último dia da CPMI dos Correios. O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) cedeu à pressão do PT e colocou mais dois nomes, dos mais importantes: Daniel Dantas, dono do grupo Oportunity, e Carla Cicco, ex-presidente da Brasil Telecom. Dantas e Cicco são acusados de tráfico de influência, corrupção ativa e sonegação fiscal da CPI.

O Oportunity e as empresas controladas por Daniel Dantas são apontados como principais financiadores privados do valerioduto, esquema que captava e transferia recursos para partidos políticos por meio das contas do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza. No relatório original, o caso era mencionado, mas os nomes de Dantas e de Carla Cicco não eram citados.

As sugestões de indiciamento de Dantas e de Carla Cicco serão avaliadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, que recebem hoje o documento final da comissão parlamentar de inquérito. Junto a eles, há outra centena de nomes de indiciamento, como os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indefiriu, ontem, recurso apontado pelo PT para contestar a aprovação do relatório de Serraglio. Calheiros argumentou que a CPMI cumpriu o seu objetivo constitucional e aprovou o relatório final com base em um precedente legal. O PT contestava o indiciamento de petistas ilustres como os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken, além do ex-presidente do partido, José Genoino. Renan disse ainda que ontem, se encerrou o prazo de conclusão dos trabalhos da comissão, o que faz com que o recurso perca completamente o seu sentido. Na avaliação de Renan, o término da comissão "é fato consumado". A CPMI entrega hoje o relatório de Serraglio ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República. 

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