CPMF depende mais do governo que da oposição, acredita Serra

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (10) que a questão da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) depende muito mais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que da própria oposição. "Sem dúvida nenhuma, a bola sempre esteve mais nos pés do governo", afirmou Serra após inaugurar uma nova unidade infantil no Instituto do Coração (Incor), na capital paulista.

Segundo o governador, a emenda que prorroga o chamado imposto do cheque até 2011 ficou cerca de três meses parada na Câmara dos Deputados "por causa de ações de elementos da base do governo". Na avaliação do governador, a base aliada do governo Lula no Senado teria maioria para aprovar o tributo sem precisar contar com os partidos de oposição. "Por isso, este é um assunto que tem muito a ver com o governo (federal)", disse.

Ele também voltou a falar da expectativa de uma negociação sobre o assunto. "Eu gostaria que houvesse uma negociação que pudesse beneficiar a área da saúde, que carece de recursos. Se pudesse haver um entendimento nessa direção seria bom, mas isso depende do governo e da dinâmica do Senado." Serra explicou que este entendimento deveria passar pela destinação de um maior volume de recursos para a área da saúde.

O governador paulista confirmou que esteve reunido nesta segunda-feira com o senador tucano Álvaro Dias (PR) e disse que ainda não conversou com o presidente nacional de sua legenda, senador Sergio Guerra (PE), ao contrário do que havia informado assessores ligados ao próprio senador.

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