Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a crise do setor aéreo na Câmara dos Deputados retomou na tarde desta quarta-feira (6) o depoimento de Daniel Bachmann.
Ele é um dos funcionários da Embraer que estavam no jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol no dia 29 de setembro do ano passado, causando o maior acidente da aviação nacional.
"Na hora do acidente, sentimos um choque muito forte, houve um eco muito grande. Senti a vibração no corpo como se tivesse levado uma paulada?, contou. "Depois, houve uma sucessão de alarmes disparando e não conseguíamos entender o que havia acontecido. Vimos que uma parte da asa estava faltando. Procuramos ao redor para ver se havia outro tipo de avaria no avião e começamos a procurar no solo um lugar para pousar".
A reunião foi suspensa quando Bachmann relatava o momento em que, já em solo, os tripulantes do Legacy receberam a confirmação do desaparecimento da aeronave da Gol, que transportava 154 pessoas.
Após bater no Boeing em pleno ar, o Legacy pousou na Base Aérea da Serra do Cachimbo (MT) por volta de 17h20. Segundo Bachmann, às 18h45 o coronel Jeferson confirmou que o Boeing estava desaparecido.
No depoimento, ele ficou bastante abalado, chorou e, em alguns momentos, chegou a perder a voz.