CPI rejeita pedidos de quebra de sigilo bancário dos três diretores da Anac

Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo da Câmara rejeitou nesta quarta-feira (5) cinco requerimentos que pediam a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos três diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac): Milton Zuanazzi, Josef Barat e Leur Lomanto. Os deputados também rejeitaram o pedido de transferência à CPI do sigilo telefônico da ex-diretora da Anac, Denise Abreu.

De acordo com o autor do requerimento, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), o objetivo era apurar que tipo de relacionamento havia entre Denise Abreu e o empresário Carlos Ernesto de Camargo, proprietário do Terminais Aduaneiros do Brasil (Tead). Na reunião da CPI, foi aprovado apenas o requerimento que pede o repasse dos dados relativos ao sigilo telefônico de Camargo.

Os deputados também aprovaram um requerimento que convoca permanentemente, para esclarecimentos, o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico, brigadeiro Jorge Kersul, o presidente da comissão que investiga o acidente com o avião da Gol, coronel Fernando Carmargo, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, o técnico operacional da TAM, Ruy Amparo, e o consultor da Airbus, Mário José Sampaio.

O relator da CPI, Marco Maia (PT-RS), explicou que essas pessoas poderão ser convocadas a qualquer momento para prestar esclarecimento. "Isso se nós entendermos que ainda há alguma contribuição a ser dada por eles para o relatório final da CPI", afirmou Maia. Segundo o deputado, a intenção é apresentar o relatório final no dia 18 de setembro.

No Senado, outra CPI também investiga o apagão aéreo. Nessa comissão, foi aprovada a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico de ex-diretores da Infraero e da ex-diretora da Anac, Denise Abreu. O relator da  CPI do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse ontem (4) que vai indiciar diretores da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) envolvidos com irregularidades.

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