A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai pedir para que a presidente da companhia, Dilma Pena, informe quem foi o superior que a orientou a não informar à população sobre a crise hídrica em São Paulo e também para que o Ministério Público Estadual (MPE) investigue a dirigente por prevaricação e improbidade administrativa.
O primeiro pedido foi feito pelo vereador Laércio Benko (PHS), presidente da comissão. Já o ofício à Promotoria será encaminhado pelo relator da CPI, Nelo Rodolfo (PMDB).
“Queremos saber quem a orientou em não fazer o que ela deveria ter feito. Coloca abaixo a credibilidade da presidente. É grave”, afirmou Benko na abertura na CPI, na manhã desta quarta-feira, 29.
Na última sexta-feira, 24, foram divulgados áudios de uma reunião entre Dilma Pena e o diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato, com outros membros da cúpula da Sabesp. O vereador criticou a presidente da Sabesp por ter declarado “sob juramento” quando prestou depoimento na CPI que as decisões tinham sido técnicas e não políticas.
“Ela repetiu isso três vezes aqui”, lembrou o presidente da comissão. Ele ainda classificou como sendo de “mau gosto” as afirmações de Massato que, nos áudios que foram vazados, afirmou aos que estavam na reunião que seria necessário tomar banho de água mineral caso a crise permaneça.